Sofya Alkimim’s Reviews > O massacre da família Hope > Status Update

“Mas a felicidade ainda pode surgir de mansinho, e estou muito feliz por poder conhecer minha neta. Os barulhos que certamente você ouvia durante a noite eram a Jessie, que ia ao meu quarto de madrugada para que, aos sussurros, pudéssemos planejar nossa fuga.”

“Tudo começou com um leve movimento dos dedos da mão esquerda e terminou muitos, muitos anos depois, comigo andando secretamente pelo quarto.”

“Aos sessenta e nove anos, Virginia Hope (não Lenora)
Escreveu um bilhetinho para sua cuidadora:
Muito obrigada, querida, por me salvar.
Agora é hora de ir embora e te deixar.
Me despeço e parto porta afora, orgulhosa, no fundo
Por saber que consegui enganar todo mundo.”

“Eles não olham um para o outro nem buscam se reconfortar.
Simplesmente ficam sentados.
O último vislumbre que tenho são os dois enfim dando as mãos enquanto as portas da frente se fecham.
Em seguida, em meio a um coro de urros, rangidos e estalos ensurdecedores, Hope’s End segue o penhasco em colapso e desliza para o oceano.”

“De repente, estou na minha casa, meu pai à mesa da cozinha, jornal na mão. Ele me encara, os olhos marejados, e diz: “O que eles estão dizendo não é verdade, Kit-Kat.”
Ele não disse isso porque queria que fosse a verdade.
Meu pai disse isso porque era a verdade.
Ele sabia que eu não tinha dado aqueles comprimidos para a minha mãe.
Porque quem fez isso foi ele.”

“Agora entendo por que Virginia relutava tanto em me revelar tudo. Ela não queria ser obrigada a dizer quem era meu pai.
E o que ele fez.
Engravidou Virginia. Aceitou o suborno de Winston Hope para ir embora para sempre. Esfaqueou Evangeline Hope, movido pela raiva e por pena. Matou Mary porque ela sabia da coisa toda.”

“Não tanto quanto o Patrick aqui.” Meu pai olhou para Ricky. “Acertei o nome, não é mesmo? Patrick McDeere?”
Ricky engoliu em seco e assentiu.
“Por cinquenta mil dólares, o sr. McDeere irá embora daqui, nunca mais retornará e nunca falará desse bebê bastardo. Não é verdade, meu filho?”
“Sim, senhor”, murmurou Ricky, recusando-se a olhar para mim.”

“Um único segundo de contato.
Foi tudo o que me permitiram.”

“Enfim a minha vida tinha um propósito, que era amar meu filho mais que qualquer outra coisa. Essa certeza foi o momento mais feliz da minha vida.”

“— Ela tentou se matar e você não fez nada além de acobertar o fato.
— Se eu não tivesse feito isso, a polícia teria descoberto a verdade, teriam entendido o motivo pelo qual Virginia tentou se matar
— Você acha que a Virginia assassinou seus pais.
— Eu sei que ela os assassinou, considerando o que nós fizemos com ela, não me surpreende, a única surpresa é que ela não tenha matado todos nós.”