Do tudo ao nada

Flores murchas nas mãos

raízes jogadas aos pés

vivendo entre irmãos

desgarrado das fés

nada mais pra amar

além do signo vazio

que ainda não é mar

e segue seu curso de rio

se desfaz na queda doce

de um sorriso aguado

que se lágrima fosse

nunca teria secado

um sentimento a mais

repousa triste no peito

decidir é deixar pra trás

o que poderia ter feito

e nesse ciclo tudo acaba

mesmo que demore

até do amor resta o nada

e o que é vida, morre

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Published on April 10, 2020 07:09
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Igor Marcondes
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