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Carta Quotes

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Gabriel García Márquez
“Le escribió entonces una carta febril de veinte pliegos en la que soltó sin pudor las verdades amargas que llevaba podridas en el corazón desde su noche funesta. Le habló de las lacras eternas que él había dejado en su cuerpo, de la sal de su lengua, de la trilla de fuego de su verga africana.”
Gabriel Garcia Marquez, Cronaca di una morte annunciata

Sofía Navarro
“Cuánto llora el cartero, llevado por la envidia. Que mis cartas de amor no son para él. Me pregunto si algún día te las entregará.”
Sofía Navarro

Filipe Russo
“Mas mesmo assim escrevo cartas de amor, grito pedidos de socorro, envio para o espaço sideral meu desespero humano na esperança de chegar aos ouvidos e mãos de quem me entenda.”
Filipe Russo, Caro Jovem Adulto

Fernando Pessoa
“MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO

(1890-1916)

Atque in perpetuum, frater, ave atque vale!
CAT .

Morre jovem o que os Deuses amam, é um preceito da sabedoria antiga. E por certo a imaginação, que figura novos mundos, e a arte, que em obras os finge, são os sinais notáveis desse amor divino. Não concedem os Deuses esses dons para que sejamos felizes, senão para que sejamos seus pares. Quem ama, ama só a igual, porque o faz igual com amá-lo. Como porém o homem não pode ser igual dos Deuses, pois o Destino os separou, não corre homem nem se alteia deus pelo amor divino; estagna só deus fingido, doente da sua ficção.

Não morrem jovens todos a que os Deuses amam, senão entendendo-se por morte o acabamento do que constitui a vida. E como à vida, além da mesma vida, a constitui o instinto natural com que se a vive, os Deuses, aos que amam, matam jovens ou na vida, ou no instinto natural com que vivê-la. Uns morrem; aos outros, tirado o instinto com que vivam, pesa a vida como morte, vivem morte, morrem a vida em ela mesma. E é na juventude, quando neles desabrocha a flor fatal e única, que começam a sua morte vivida.

No herói, no santo e no génio os Deuses se lembram dos homens. O herói é um homem como todos, a quem coube por sorte o auxílio divino; não está nele a luz que lhe estreia a fronte, sol da glória ou luar da morte, e lhe separa o rosto dos de seus pares. O santo é um homem bom a que os Deuses, por misericórdia, cegaram, para que não sofresse; cego, pode crer no bem, em si, e em deuses melhores, pois não vê, na alma que cuida própria e nas coisas incertas que o cercam, a operação irremediável do capricho dos Deuses, o jugo superior do Destino. Os Deuses são amigos do herói, compadecem-se do santo; só ao génio, porém, é que verdadeiramente amam. Mas o amor dos Deuses, como por destino não é humano, revela-se em aquilo em que humanamente se não revelara amor. Se só ao génio, amando-o, tornam seu igual, só ao génio dão, sem que queiram, a maldição fatal do abraço de fogo com que tal o afagam. Se a quem deram a beleza, só seu atributo, castigam com a consciência da mortalidade dela; se a quem deram a ciência, seu atributo também, punem com o conhecimento do que nela há de eterna limitação; que angústias não farão pesar sobre aqueles, génios do pensamento ou da arte, a quem, tornando-os criadores, deram a sua mesma essência? Assim ao génio caberá, além da dor da morte da beleza alheia, e da mágoa de conhecer a universal ignorância, o sofrimento próprio, de se sentir par dos Deuses sendo homem, par dos homens sendo deus, êxul ao mesmo tempo em duas terras.

Génio na arte, não teve Sá-Carneiro nem alegria nem felicidade nesta vida. Só a arte, que fez ou que sentiu, por instantes o turbou de consolação. São assim os que os Deuses fadaram seus. Nem o amor os quer, nem a esperança os busca, nem a glória os acolhe. Ou morrem jovens, ou a si mesmos sobrevivem, íncolas da incompreensão ou da indiferença. Este morreu jovem, porque os Deuses lhe tiveram muito amor.

Mas para Sá-Carneiro, génio não só da arte mas da inovação nela, juntou-se, à indiferença que circunda os génios, o escárnio que persegue os inovadores, profetas, como Cassandra, de verdades que todos têm por mentira. In qua scribebat, barbara terrafuit. Mas, se a terra fora outra, não variara o destino. Hoje, mais que em outro tempo, qualquer privilégio é um castigo. Hoje, mais que nunca, se sofre a própria grandeza. As plebes de todas as classes cobrem, como uma maré morta, as ruínas do que foi grande e os alicerces desertos do que poderia sê-lo. O circo, mais que em Roma que morria, é hoje a vida de todos; porém alargou os seus muros até os confins da terra. A glória é dos gladiadores e dos mimos. Decide supremo qualquer soldado bárbaro, que a guarda impôs imperador. Nada nasce de grande que não nasça maldito, nem cresce de nobre que se não definhe, crescendo. Se assim é, assim seja! Os Deuses o quiseram assim.

Fernando Pessoa, 1924.”
Fernando Pessoa, Loucura...

Mary Renault
“Querida madre:

Me he enamorado. Ahora sé una cosa de mí mismo que hace años que sospechaba, si hubiera tenido la sinceridad de admitirlo. Debería sentir miedo y vergüenza, pero no es así. Puesto que no veo esperanza terrena alguna para esta relación, debería estar muy deprimido, pero no lo estoy. Ahora sé por qué nací, por qué me ha ocurrido todo lo que me ha ocurrido, por qué soy un tullido, porque ello me ha traído al lugar oportuno en el momento oportuno. De ser necesario volvería a pasarlo todo ahora que sé que era para esto.”
Mary Renault, The Charioteer

E.M. Forster
“Desde el partido de críquet tengo muchas ganas de hablarle rodeándole con uno de mis brazos, y de abrazarle después, y no digo más porque son cosas tan dulces que no pueden decirse con palabras.”
E.M. Forster

Franz Kafka
“Hasta aquí es muy poco lo que en esta carta he callado premeditadamente, pero más adelante excluiré algunas cosas, que aún me avergüenzan más manifestar ante ti y ante mí mismo. Aclaro esto con el propósito de que no creas, si en algún momento el panorama general se hace poco claro, que esa omisión se debe a que no tengo pruebas. Tengo una cantidad tan considerable que podrían haber convertido dicho panorama en un espectáculo insoportablemente duro. No puedo encontrar el término medio en este aspecto (p. 45)”
Franz Kafka, Carta al padre y meditaciones
tags: carta

“Perché sul documento segnalano anche l'altezza. Come se non fosse già difficile accettare l'idea che, essere all'altezza delle situazioni non sempre sia possibile.”
Valentina Macchiarulo, Leggera come lei

“Toda forma autêntica de arte é, a seu modo, um caminho de acesso à realidade mais profunda do homem e do mundo. E, como tal, constitui um meio válido de aproximação ao horizonte da fé, onde a existência humana encontra a sua plena interpretação.”
Papa João Paulo II
tags: arte, carta

Clarice Lispector
“Quanto a mim, estou +- O.K. Não consegui no entanto soltar minhas rédeas. Planos, programas, consciência, vigilância. O que vale é que misturada a tudo isso, está a vida que não pára.”
Clarice Lispector, Correspondências

Susanna Tamaro
“¿Qué es lo que queda después de largas horas de conversación telefónica? A parte de la factura, casi nada. ¡Qué distinto es, en cambio, el placer de tener en la mano una carta, una reflexión, un recuerdo de una personan querida! ¡Y qué importantes se vuelven esos testimonios cuando las personas queridas ya no están con nosotros!”
Susanna Tamaro, Querida Mathilda

“¿Qué poder les queda a las cartas en una época en la que podemos comunicarnos en cuestión de segundos?”
Baek Seungyeon, La maravillosa tienda de Seúl