Status Updates From La Semaine Sainte

Havia hussardos que faziam coluna com a primeira companhia de caçadores. Um capitão, a chegar, veio saudar o colega. Apresentou-se, chamava-se Descrivieux. Sabiam o que se passava em Béthune? Tinha lá um amigo que pertencia à Casa do Rei, ao qual ele gostaria de dar ajuda, um conterrâneo. (...)

Mas, quando depois da refeição, Théodore se apresentou do outro lado da ruela, em casa do ferreiro, o senhor Prat de Lamartine não estava lá. Tinha regressado com o seu amigo, senhor Vaugelas, para fazer a guarda na Porta de Arras.

Além de Jean, este filho de dez anos, e daquele que tinha partido para Paris, o comandante tinha uma filha, chamada Catherine, semelhante a uma pintura de Rubens, que tinha vinte e dois anos, e que se parecia mais com a mãe do que com a santa: as duas penteadas com faixas, com cabelos louros, corredios, lisos, de baixa estatura, e bem feitas sem serem o que se chama bonitas. (...)

E um pouco mais tarde, quando Antoine, tendo introduzido a colher de prata na boca de Sua Alteza, cantava uma canção da sua terra fazendo deslizar a navalha para tirar o excesso de sabão, o marechal fez um movimento de irritação que lhe valeu um pequeno golpe.

Mas aquilo acalmou. São só as primeiras dores, ela dará à luz mais tarde. O filho mais velho espevita a lareira, pois o dia já cai. Uma teimosa chama esfumada começa a iluminar o quadro ... E Marc-Antoine sabe de súbito que vai viver.

Charles de Damas fez um gesto evasivo. Aquilo significava que não o ousariam, e depois, ora, no fim de contas! e também, o Rei não morre ... (...)

(...) Eis quatrocentas e tal páginas a sonhar, nada disto existiu, ou melhor tudo isto para mim existe, com os caminhos-de-ferro, a rádio, os radares, e já não há a forja na estrada de Paris a Calais, mas estações de gasolina total, e grandes tractores, vermelhos como os Dickens e o sangue, nas searas, enquanto nas bermas da estrada fumegam as queimadas, enchendo tudo de cinza.

O fedelho voltara para casa da mãe, e trabalhando a dois, com o carroceiro a segurar na pata, não sei o que havia com Firmin. Há dias, dir-se-ia que não sabe fazer nada. Deixa cair tudo. Quem é que me impingiu um desastrado destes? Um verdadeiro desastre ... Tens tão pouco jeito nas mãos como uma vaca na cauda! (...)

(...) Um rapaz que era louco por cavalos, Robert bem lhe tinha dito, não queria meter-se na cavalaria. No entanto, teria dado um belo caçador! Ora bem, com o Imperador de regresso, é provável que tenha encomendas de retratos equestres: um novo governo é sempre a sorte grande para os artistas pintores!

(...) e que me seria, afinal de contas, penoso alimentar, ter alimentado, respeitando as qualidades físicas, a energia da sua linhagem. Se o incidente de 20 de março de 1815, na Grande-Rua Saint-Martin, em Beauvais, não está inscrito nos fastos familiares, não contem comigo para o fazer lá entrar.

(...) Ah, não se reflectiu o bastante sobre o que permitiu esta estranha divisão da nobreza francesa, onde se vêem irmãos e primos em fileiras inimigas! Que idade tinha você quando o fizeram oficial-general! Rochechouart, esse, tinha vinte e seis anos ...

(...) Reaparecia na estrada de Saint-Denis, e não tendo mais motivo para continuar o caminho, tendo feito sinal a Larapie para marchar a seu lado, levou em triunfo as unidades revoltosas pelas avenidas para a Praça Luís XV e para as Tulherias, onde a bandeira tricolor já flutuava no Pavilhão do Relógio.

O jesuíta contentava-se com isto, mas era necessário ser rápido para apanhar Sua Majestade em Saint-Denis. Quem acreditaria que havia tanta falsidade com a aparência de boa pessoa do gordo soberano? Ter-lhe escondido isto, a ele! Abandoná-lo quando o Corso estava às portas de Paris! Então, Luís quisera ver-se livre dele? Depois de tudo o que devia ao padre Elisée! Os anos de sacrifício, os cuidados generosos! (...)

Dir-se-ia que a chuva fazia de propósito. A embrulhada do Palais-Royal tinha qualquer coisa de mais ridículo e excessivo pelo facto de as pessoas que se juntavam debaixo das arcadas e das galerias estarem, na sua maior parte, encharcadas, os cabelos colados, os fatos estragados, e divididos entre o terror do amanhã e as suas esperanças. (...)

Ainda assim, o conde tinha um óptimo porte a cavalo! Quando pensamos que é mais velho três ou quatro anos que Sua Majestade ... Este prazer que Ela tem, Sua Majestade, de passar na carruagem a toda a velocidade, como uma contrapartida à sua doença! César ouvira dizer que fora o padre Élisée que lhe metera na cabeça que dar velocidade à sua carruagem lhe fazia uma massagem física, não sei ...

Théodore não se zangou com nada. Não se admirou de maneira nenhuma que o pai olhasse já os mosqueteiros do Rei como proscritos. Não escutou metade. Cogitava: a baronesa Lallemand ... Caroline, chama-se Caroline ... aí está ... se eu ficasse, poderia vê-la todos os dias ... e depois? Aquilo não tinha pés nem cabeça. (...)