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Pasión (5,0 de 5,0) - Um conto ousado onde a autora se propõe a fazer um reconto que certamente incomodará a alguns.
Luto (5,0 de 5,0) - Outro reconto perturbador e quase sacrílego em sua proposta. Ao mesmo tempo terrivelmente crível.
Ali (4,5 de 5,0) - Um conto perturbador sobre perda da sanidade, trauma e luta de classes.

Crias (2,5 de 5,0) - Um conto onde a autora parece querer fazer um paralelo entre a sujeira e a degradação moral e objetificação.
Persianas (1,5 de 5,0) - O problema desse conto não é bem o que acontece, mas a falta de um desenvolvimento que o justifique.
Cristo (4,5 de 5,0) - Um conto um tanto óbvio no desfecho mas eficiente em comunicar o sofrimento e desamparo nas entrelinhas.

Griselda (3,0 de 5,0) Um eficiente conto contrastando inocência infantil contra a crueza da vida adulta.
Nam (5,0 de 5,0) Um perturbador conto sobre segredos familiares com uma reviravolta inesperada.

Concluída a segunda parte, a mais política da obra e com o risco de me repetir, não colocando de forma alguma em dúvida a qualidade ou a coragem dos versos de Amália, mas a menos que o leitor aprecie versos esse livro é uma tortura.

Seria injusto negar o cuidado e a força dos poemas de Narcisa, mas isso não torna a leitura deles mais agradável ou fácil para um não afeito ao gênero lírico.

Monstruos (4,0 de 5,0) - Um perturbador conto sobre a perda da inocência e o reconhecimento da precária condição feminina em uma sociedade dominada pelos homens.

Subasta (5,0 de 5,0) Ampuero conecta duas situações de extrema violência, a passagem de uma a outra é abrupta e desorienta o leitor mas a conclusão do conto esclarece a conexão. A facilidade com que a autora nos convence da verdade do que relata é impressionante.

Riordan não está preocupado em ser original e isso não é um problema transposto para uma visão romana as mesmas e divertidas dinâmicas do acapamento Meio Sangue estão presentes aqui.

Em que pese a boa vontade da ed 34 em fornecer material de apoio e a óbvia qualidade dos poemas da Amália essa não é uma leitura para que não curte o gênero lírico.

The Slow Mutants é uma novela irregular, se por um lado temos o flashback com o rito de passagem do Roland por outro a finalização da novela é bem incoerente. O simbolismo é claro, mas a execução falha.

88% lido

Apesar dos problemas de ritmo dessa novela, não dá para negar que o rito de passagem do Roland tem uma certa beleza macabra e meio que dialoga como a forma como ele vai se comportar daí em diante. Algo que só se tornará claro nos livros seguintes.

A terceira novela The Oracle and The Mountains apesar de ser mais interessante do que a anterior traz uma das cenas que mais pode incomodar leitores sensíveis. Eu entendo o que o King quis fazer mas devo dizer que a execução não foi das melhores.

Concluída a primeira parte confirmo a impressão da qualidade dos poemas de Amáiia, com a ressalva que alguém que realmente goste de poesia os aproveitará mais do que eu. Estou um tanto indeciso quanto as notas de apoio porque se é certo que ajudam a esclarecer também quebram a imersão.

Provavelmente o grande diferencial dessa edição da Ed. 34 são os textos de apoio que ajudam a contextualizar quem foi Narcisa Amália. Quanto aos seus poemas, são bastante bons, mesmo para alguém alheio a poesia como eu. Bem a autora arrancou admiração de Machado de Assis, o que dizer?

Concluída a segunda novela The Way Station, chama a atenção a mudança drástica de forma; o texto é muito mais fluído e menos pomposo e o fato de que a novela é mais morna que a anterior. O fato do autor ter inserido um flashback talvez indique que até ele achou a história meio sem graça.

A mudança na forma do texto de uma novela para a outra é gritante, o texto é bem mais fluído em relação a primeira novela The Gunslinger. Apesar disso parece uma história um tanto morna comparada com a primeira.

Concluída a primeira novela The Gunslinger, quão diferente é esse King mais "estilístico", como soa mais lento e um tanto engessado.Também é um tanto irritante notar que em sua tradução a Suma em alguma medida "mata" aqui e ali justamente esse esforço estético do King, facilitando o texto.

Ainda que se perceba claramente não ser um texto usual do King, o texto aqui é muito mais "engessado", lento e em alguma medida com pretensões poéticas, está longe de ser um texto impenetrável ou tão difícil assim de ler, mesmo no original. É só um pouco mais lento e pomposo rs.

Algo interessante nessa releitura no original é perceber (existe essa advertência no prefácio) o quanto o King se preocupou com esse texto. É um King muito diferente do que estamos acostumados, que pode ser um tanto enfadonho para alguns. A despeito disso é um texto muito bonito.

Chegando na reta final as semelhanças e dessemelhanças com O Processo sem impõem, se neste temos uma vigilância por parte de todos, aqui no O Castelo temos a punição sendo exercida por todos sem nem mesmo a ofensa ter sido julgada ou sequer protocolada.

É difícil não ler O Castelo sem relacionar com alguns autores, mesmo com minhas leituras rudimentares, não tem como não pensar inicialmente em Freud pelo imenso recalque e repressão e em Foucault ao notar como o poder se ramifica e se entrelaça nas relações entre o Castelo e o vilarejo.

De volta a busca da Torre Negra, onze anos depois..

Talvez alguns acusem o Riordany de ser um tanto repetitivo ao mostrar relações difíceis entre pais e filhos, mas para além de fazer todo o sentido no universo criado é algo bastante relacionável com o seu público alvo e o fato do autor não demonizar nenhum dos dois lados é positivo.

Talvez alguns acusem o Riordan de ser um tanto repetitivo ao mostrar relações difíceis e pais, mas para além de fazer todo o sentido no universo criado é algo bastante relacionável com o seu público alvo e o fato do autor não demonizar nenhum dos dois lados é positivo.

Quem vive reclamando do quanto pretensamente Saramago é prolixo e "difícil" podem fugir do Lobo Antunes. O cara é prolixo, ligeiramente pedante e machista até o talo... Tá ok, o personagem é machista, mas tá difícil ter simpatia pelo desquerido mesmo a proposta do romance tendo seu valor.

Hora de conhecer o "anti-Saramago", leitura para o Leia Brasileiros e Lusófonos.

Duas coisas se impõem na leitura de O Castelo, a impressão de que Kafka andou fumando um "orégano vencido" e o quanto (não que seja novidade) sua problemática relação com o pai se intromete em suas obras. Para não dizer o fato de que dessa narrativa escorre desejo sexual reprimido.

Uma das coisas interessantes que Riordan tem feito nessa nova série é mostrar para o leitor algo que tendemos a ignorar ao aprender sobre os mitos greco-romanos na escola, o quão diferente são os deuses e a própria relação com eles ao comparar os dois povos.

Algo que é realmente admirável nos livros do Riordan é como as personagens femininas não são meras coadjuvantes, mas de fato são personagens fortes e tem papeis relevantes na narrativa.