Luís’s Reviews > O Desencantador de Serpentes > Status Update
Luís
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Hesse amava Chopin,
o teclado universal da sua melancolia
habitada por árvores altas,
cartas de Sand e febres da tísica.
Pode-se amar Chopin assim,
com uma devoção persistente e secreta
a morrer desse amor,
amor tentacular como a música
que sufoca a noite
com os seus braços de luz efémera.
— 15 hours, 44 min ago
o teclado universal da sua melancolia
habitada por árvores altas,
cartas de Sand e febres da tísica.
Pode-se amar Chopin assim,
com uma devoção persistente e secreta
a morrer desse amor,
amor tentacular como a música
que sufoca a noite
com os seus braços de luz efémera.
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Luís’s Previous Updates
Luís
is on page 48 of 50
Será talvez loucura passar ao papel
imagens tão vagas como estas: claro-escuro
de mãos, paredes e corpos, de plantas
e gestos apanhados à queima-roupa
pela grande-angular da ternura de perfil.
Haverá outro modo de contar com rigor
tudo o que olhos fotografam. Outro modo,
menos químico e mais durável, de fazer
a revelação; de inundar o papel
com o aroma exacto de uma rosa;
(...)
— 14 hours, 6 min ago
imagens tão vagas como estas: claro-escuro
de mãos, paredes e corpos, de plantas
e gestos apanhados à queima-roupa
pela grande-angular da ternura de perfil.
Haverá outro modo de contar com rigor
tudo o que olhos fotografam. Outro modo,
menos químico e mais durável, de fazer
a revelação; de inundar o papel
com o aroma exacto de uma rosa;
(...)
Luís
is on page 40 of 50
Depois de nós o mar, o velame,
o sextante, a bússola, o mapa-
oiço-te a falar. Olho em frente e em
vez de mar vejo terra; em vez de água
descortino fogo. Talvez o defeito seja meu.
Aparelhados para a viagem, partimos.
Ilhas, bancos de coral, sereias,
a claridade de uma aurora boreal
a cegar-nos impiedosa. Quero voltar.
Só depois de cumprida a rota — dirás.
Oiço-te falar e só vejo água. Não de
matar a sede, (...)
— 14 hours, 49 min ago
o sextante, a bússola, o mapa-
oiço-te a falar. Olho em frente e em
vez de mar vejo terra; em vez de água
descortino fogo. Talvez o defeito seja meu.
Aparelhados para a viagem, partimos.
Ilhas, bancos de coral, sereias,
a claridade de uma aurora boreal
a cegar-nos impiedosa. Quero voltar.
Só depois de cumprida a rota — dirás.
Oiço-te falar e só vejo água. Não de
matar a sede, (...)

