Katya’s Reviews > The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination > Status Update

Katya
Katya is on page 165 of 314
Respeito muito mais as vírgulas do que os deputados. Quem diz que as virgulas não importam pode estar a falar de terapia ou auto-expressão ou outras coisas boas, mas não está a falar de escrita. (...) Se quiser ser bailarino, aprenda a usar os pés. Se quiser ser escritor, aprenda onde fica a vírgula. Depois, então, preocupe-se com o resto.
Dec 30, 2025 12:35PM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination

10 likes ·  flag

Katya’s Previous Updates

Katya
Katya is on page 160 of 314
O exercício da imaginação é perigoso para quem beneficia do estado das coisas porque tem o poder de mostrar que o estado das coisas não é permanente, universal, nem necessário.
(...)Não conheceremos a nossa própria injustiça se não conseguirmos imaginar a justiça. Não seremos livres se não imaginarmos a liberdade.
Dec 29, 2025 09:51AM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination


Katya
Katya is on page 144 of 314
Quando lêem uma história, está a ser-vos dito qualquer coisa, mas não vos está a ser vendido nada. E embora normalmente estejam a sós quando lêem, estão em comunhão com outra mente. Não estão a ser submetidos a nenhuma lavagem cerebral, nem a ser cooptados ou usados; aderiram a uma actividade da imaginação.
Dec 27, 2025 02:13PM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination


Katya
Katya is on page 122 of 314
Quaisquer dois objectos que oscilem a intervalos semelhantes, se estiverem fisicamente próximos, tenderão gradualmente a sincronizar-se e a pulsar exactamente ao mesmo ritmo. As coisas são preguiçosas. Gasta-se menos energia a pulsar em cooperação do que em oposição. Os físicos chamam a esta bela e económica preguiça mútua captura de fase.
Dec 27, 2025 01:27AM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination


Katya
Katya is on page 95 of 314
Se (como [Freud] dizia) o artista é motivado a fazer arte pelo desejo de «fama, dinheiro e o amor de belas mulheres», então de facto Beethoven escreveu a Nona porque era época de acasalamento. Beethoven estava a marcar território.
Dec 19, 2025 11:59AM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination


Katya
Katya is on page 47 of 314
Se há fronteiras entre o civilizado e o bárbaro, entre o significativo e o insignificante, não são linhas num mapa nem regiões da terra. São limites da mente, apenas.
Dec 17, 2025 03:42AM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination


Katya
Katya is on page 37 of 314
(.)mal conseguia andar porque levava cerca de vinte e cinco livros, mas ia a voar.Virei-me e olhei para os degraus: Isto é o Paraíso. Este é o meu Paraíso. Todas as palavras do mundo, e todas para eu ler. Finalmente livre, Senhor, finalmente livre! Espero que compreendam q não evoco estas palavras grandiosas em vão. Digo-as muito a sério. O conhecimento liberta-nos, a arte liberta-nos. Uma boa biblioteca é liberdade.
Dec 16, 2025 11:35AM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination


Katya
Katya is on page 12 of 314
Tem-nos sido dito que só existe um tipo de pessoa e esse tipo é o tipo homem. E eu acho muito importante que todos nós acreditemos nisso. É seguramente importante para os homens.
Dec 16, 2025 12:42AM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination


Katya
Katya is on page 12 of 314
No fundo, não sou máscula. Como era másculo Ernest Hemingway. A barba e as armas e as esposas e as frases curtas. Eu tento. Tenho uma espécie de barbicha que insiste em tentar crescer, nove ou dez pêlos no queixo, às vezes até mais; mas que faço eu aos pêlos? Arranco-os com uma pinça. Faria um homem tal coisa? Os homens não arrancam pêlos com pinças.
Dec 15, 2025 09:21AM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination


Katya
Katya is on page 12 of 314
Os cavalos são mesmo bonitos.As pessoas q os montam são uma espécie de nazis, mas,como todos os nazis,são apenas tão poderosos e bem-sucedidos quanto o cavalo q estão a montar, e é, afinal,o cavalo q decide se salta por cima daquele obstáculo com cinco varas ou se pára abruptamente,deixando o nazi cair em cima do pescoço.Só q normalmente o cavalo esquece-se de que tem essa opção.Os cavalos não são muito inteligentes.
Dec 15, 2025 05:54AM
The Wave in the Mind: Talks and Essays on the Writer, the Reader and the Imagination


Comments Showing 1-14 of 14 (14 new)

dateUp arrow    newest »

message 1: by Paula (new)

Paula Mota Subscrevo. :-)


message 2: by Katya (new) - added it

Katya Podemos sempre contar com a Ursula para nos dizer coisas bonitas sobre escrita e coisas feias sobre políticos. Esta é certeira.


message 3: by Celeste (new)

Celeste   Corrêa O que pensará a Ivone Mendes da Silva, Katya? :)).... ela não "virgula".

Beijinhos.
Feliz Ano Novo!


message 4: by Margarida (new)

Margarida Magalhães E há partidos políticos que ainda não chegaram a colocar uma vírgula, Katya, ou mais precisamente, um ponto final 😏


message 5: by Katya (new) - added it

Katya Provavelmente (vírgula) o mesmo que Gertrude Stein que deixava a pontuação para os fracos de espírito ;)
Montamos já aqui duas equipas com esta polémica!

Beijinhos e um excelente Ano Novo, Celeste!


message 6: by Katya (new) - added it

Katya Nos partidos, somos nós quem escreve as vírgulas e os pontos, Margarida. Daí tanto impasse...


message 7: by Margarida (last edited Dec 30, 2025 01:10PM) (new)

Margarida Magalhães Katya wrote: "Nos partidos, somos nós quem escreve as vírgulas e os pontos, Margarida. Daí tanto impasse..."

É, Katya, ainda continuam com muitos pontos de exclamação e outros de interrogação 😏
Fizeste-me lembrar o livro "Havia" da Joana Bértholo, e as suas amadas vírgulas e parêntesis 🙄


message 8: by Katya (new) - added it

Katya Há quem faça das vírgulas um crachá. É o caso, Margarida? ;D A Ursula não aprovava nada menos nem nada mais do que o obrigatório.


message 9: by Paula (new)

Paula Mota Mas a língua inglesa não pede tantas vírgulas como a nossa, Katya. Quando estou a ler em inglês, penso bastante "e uma virgulazinha aqui? Não ajudava?" :-)


message 10: by Margarida (last edited 23 hours, 58 min ago) (new)

Margarida Magalhães Katya wrote: "Há quem faça das vírgulas um crachá. É o caso, Margarida? ;D A Ursula não aprovava nada menos nem nada mais do que o obrigatório."

O livro era para ter graça mas eu não achei, vírgulas (opiniões), Katya, vírgulas (opiniões)...


message 11: by Katya (last edited 23 hours, 44 min ago) (new) - added it

Katya Paula wrote: "Mas a língua inglesa não pede tantas vírgulas como a nossa, Katya. Quando estou a ler em inglês, penso bastante "e uma virgulazinha aqui? Não ajudava?" :-)"

Mesmo assim, Paula, usam-se bastante menos do que mandam as regras. E, se em casos específicos é uma questão de estilo, fluidez etc., suspeito que a adesão global tem mais que ver com ignorância do que outra coisa. Por cá, junto com o cheque-livro, era simpático oferecerem um prontuário.


message 12: by Katya (last edited 23 hours, 44 min ago) (new) - added it

Katya Margarida wrote: "Katya wrote: "Há quem faça das vírgulas um crachá. É o caso, Margarida? ;D A Ursula não aprovava nada menos nem nada mais do que o obrigatório."

O livro era para ter graça mas eu não achei, vírgul..."


É justo, Margarida :D Pode-se pecar por falta ou por excesso. Não li a autora. Estou às escuras, aqui.


message 13: by Margarida (new)

Margarida Magalhães Katya wrote: "Mesmo assim, usam-se bastante menos do que mandam as regras. E, se em casos específicos é uma questão de estilo, fluidez etc., suspeito que a adesão global tem mais que ver com ignorância do que ou..."

Sim, sem dúvida, e acho que é só falta de leitura, quanto mais lemos mais aprendemos a escrever, não por estarmos necessariamente atentos mas por o nosso cérebro assimilar tudo inconscientemente.


message 14: by Paula (new)

Paula Mota Se tiver tanta saída como o cheque-livro teve este ano... Em Janeiro, já vamos tratar do que calha cá em casa, que o Estado connosco não tem sorte! :D


back to top