Eva’s Reviews > The Complete Works of William Shakespeare: The Alexander Text > Status Update

All's Well That Ends Well: após tanta comédia, finalmente apanhamos outro romance realmente mal-amanhado, em que uma das partes tem de ser forçada e enganada a casar a outra. Uma boa mudança de paladar que mantém-se distinta do Taming Of The Shrew.
Melhores falas: "My eyes smell onions. I shall weep anon" e, das meditações sobre a virgindade, "He who hangs himself is a virgin" que é linda fora de contexto.

As You Like It: realmente gostei bastante. Aqui temos vários grupos de personagens que vão todos viver para a mesma floresta por diversas razões e a peça é composta pelos vários encontros momentâneos entre elas lá. Talvez a comédia mais "feliz" de todas por acabar com QUATRO casamentos simultâneos.
Melhor banter foi um gajo entrar à procura de um parvo e ser dirigido ao seu próprio reflexo no riacho.

Measure for Measure: Duque deixa outro gajo no poder e disfarça-se para ver as maluqueiras que ele faz, tipo enforcar alguém por fornicar... Apesar de fazer o mesmo pouco depois.
Muitos nomes fantásticos bem usados. Um carrasco Abhorson, um gajo Pompey que sofre com piadas sobre César, e uma dona de bordel chamada Overdone!

Merry Wives of Windsor: Melhor lido logo após a saga de Henry IV. As milhentas personagens que é suposto conheceres + 2 fulanos com sotaques horríveis deram dificuldades ao início mas acabou por ser engraçado ver o Falstaff a ser trollado assim tanto.

Much Ado About Nothing: Wordplay genial e temas que deixam um mau gosto na boca.
Amigos mexeriqueiros decidem manipular um casal só por entretenimento. Rapariga é acusada (sem boa razão) ao altar de não ser virgem e o pai melindroso declama que ela não presta para nada e mais valia estar morta.
O melhor momento foi ganho pela Beatrice com "God, that I were a man! I would eat his heart in the market-place"

12th Night: triângulo amoroso complicado entre uma rapariga disfarçada do irmão gémeo que ama o duque para quem trabalha que ama uma Srª a quem manda a rapariga fazer de intermediária e por quem a Srª se apaixona.
Tem muitos bons momentos como "If this were play'd upon a stage now, I could condemn it as an improbable fiction" ou bêbados a usarem "good and valiant" da mesma maneira que "based" e ironicamente.

Pericles, Prince of Tyre: essencialmente As Aventuras Bizarras Do Príncipe Pericles E Da Sua Família. Grande parte dos problemas aqui poderiam ser evitados se alguém se lembrasse de mandar uma carta, algo que não seria tão mau se não houvesse uma personagem que manda várias cartas que avançam a história. Moral da história: incesto é mau, virgindade é boa, e os deuses recompensam-te por isso.

Cymbeline, King of Britain: apesar de estar agrupada nas tragédias, ninguém (de jeito) morre e é mais só um romance com ideias recicladas ou que serão recicladas noutras peças. Uma mixórdia distinta e mais alegre que serve para marcar os últimos passos na minha jornada pelas tragédias.

Titus Andronicus: pessoas ricas e anormais a serem malucas, a telenovela mais edgy do Shakespeare.

Coriolanus: uma boa e diferente tragédia. Protagonista desagradável e muito interessante que demonstra que o que faz um temível guerreiro também o faz um terrível líder. Krat-- quero dizer, Coriolanus não teria tido nenhum destes problemas se ele se livrasse da trela que tem à mãe e vivesse modestamente.
Frase favorita: "There is no more mercy in him than there is milk in a male tiger."