Celeste Corrêa ’s Reviews > Aquele Amor > Status Update

Celeste   Corrêa
Celeste Corrêa is starting
«Ela diz: não é a mim que você ama, é a Duras, é aquilo que escrevo.»

Pág. 26
Sep 29, 2022 08:27AM
Aquele Amor

16 likes ·  flag

Celeste ’s Previous Updates

Celeste   Corrêa
Celeste Corrêa is starting
«Com a mesma cara que busca. Não uma resposta, não, uma nova pergunta.»

Pág. 155
Oct 03, 2022 04:18AM
Aquele Amor


Celeste   Corrêa
Celeste Corrêa is starting
«E é sempre uma alegria ver o Sena e a Notre-Dame pousada na ilha. A Ilha de França. Ouvimos: a Ilha de França.»

[Muito influenciado pelo estilo da Duras]
Oct 03, 2022 03:07AM
Aquele Amor


Celeste   Corrêa
Celeste Corrêa is starting
«Sinto-me abandonado. (...) Alguma vez existiu? Terá você inventado tudo? Escrito tudo, inventado o nome que trago, eu, Yann Andréa Steiner?»

[Este livro abalou os meus conhecimentos (já frágeis) da Duras]
Oct 02, 2022 03:08AM
Aquele Amor


Celeste   Corrêa
Celeste Corrêa is starting
«Acho que sem escrever você ter-se-ia transformado numa criminosa. Teria disparado contra todos os leprosos do mundo. Teria assassinado o mal do mundo. Ter-se-ia tornado louca varrida.» pág. 134

«No fundo você não está doente, não. Você morre de esgotamento, você morre morta de ter olhado demasiado o mundo.» pág. 133
Oct 01, 2022 03:39PM
Aquele Amor


Celeste   Corrêa
Celeste Corrêa is starting
«Diz: quase não podemos escrever, poder-se-á alguma vez fazer qualquer coisa melhor do que o primeiro livro da Bíblia, O Genesis, não, não creio, esta forma simples de dizer está dita de uma vez por todas.»
Sep 30, 2022 02:34AM
Aquele Amor


Celeste   Corrêa
Celeste Corrêa is starting
«Ela diz: sabe que não invento nada, sabe que nunca minto, nem uma vez sequer. Eu não faço literatura. Faço livros. Está a entender, ou não?
Faço de contas que entendo.»

Pág. 39
Sep 29, 2022 02:52PM
Aquele Amor


Comments Showing 1-11 of 11 (11 new)

dateUp arrow    newest »

message 1: by Paulo (new)

Paulo Faria Grande, grande livro.


message 2: by Celeste (new) - added it

Celeste   Corrêa Estou a gostar embora tenha lido pouco. É uma preparação para a leitura da biografia da Duras que vou ler imediatamente a seguir a este.


message 3: by Paulo (new)

Paulo Faria Yann Andréa sentiu sempre a amargura de não o reconhecerem como escritor de corpo inteiro, quando tentou publicar outros textos depois deste. Mas a verdade é que há aqui uma força absolutamente avassaladora, difícil de igualar. Um amor que nasceu através dos livros e da palavra e que só fazia sentido nos livros e na palavra.

Adoro a parte em que, em Lisboa, num jantar de cerimónia com o embaixador, ele conta que lhe perguntam o que faz na vida, e ele responde: «Nada.» E Duras grita da outra ponta da mesa: «É isso mesmo, não tenha vergonha de dizer! Não faz nada, nem mais!»


message 4: by Celeste (new) - added it

Celeste   Corrêa Agradeço o comentário, Paulo! Isso do que nada faz parece ser recorrente desde o início deste livro. Amar a Duras ou ser amado por ela parece ser um enorme fardo.


message 5: by Paulo (new)

Paulo Faria Um enorme fardo, sem dúvida, mas também uma inevitabilidade, como uma coisa que tem mesmo de ser. Como se ele tivesse nascido para aquilo e apenas para aquilo. Duras devia ser absolutamente insuportável, como quase todos os grandes génios.


message 6: by Celeste (new) - added it

Celeste   Corrêa Pessoalmente, não gostaria de amar um génio. Iria confundir amor com admiração intelectual e não teria vida própria.


message 7: by Paulo (new)

Paulo Faria Compreendo, mas o que há neste livro de fascinante é a entrega absoluta de uma pessoa a outra. A entrega absoluta a um quotidiano estranhíssimo, a uma relação doentia («tóxica», como se diz agora), sem que em momento algum ele se queixe ou se lamurie. As coisas eram assim, e este «eram» é um imperativo absoluto que não admite discussão. Há da parte dele uma recusa de procurar explicações para os seus próprios actos, que para nós, seres racionais, se torna assombrosa.


message 8: by Celeste (new) - added it

Celeste   Corrêa Estou no início do livro, como disse, mas sendo a obra da Duras bastante autobiográfica, penso que ele tinha ciúmes do amante da China do Norte. Se ele fosse mulher, diria que sofria do síndrome de Rebeca.


message 9: by Paulo (new)

Paulo Faria Eu diria que a relação dele com a Duras estava para além de uma coisa como o ciúme. Penso que se percebe desde o início que ele se deu conta de que, de um dia para o outro, passou a ocupar na vida dela (e na obra dela, claro) um lugar insubstituível. Que tinham sido feitos um para o outro, como diz o povo. O livro é, para mim, uma grande história de amor.


message 10: by Celeste (new) - added it

Celeste   Corrêa Acredito que seja. Estou cada vez mais ansiosa por continuar a ler. Há uma cena que pensa que ela pare uma p*t*(assim está no original) que vai encontrar-se com o amante da China. Também é verdade que eu tenho o vício de diagnosticar síndrome de Rebeca em todos talvez pelo facto de sofrer do mal. 😂


message 11: by Paulo (new)

Paulo Faria Não leio aí ciúme, propriamente. Fascínio, sim.

O segmento que se segue a esse é magnífico. Ela a interpelá-lo, a maltratá-lo, ele em silêncio. Ela a querer saber se ele a ama ou se ama apenas a escritora. E é claro que ele não é capaz de responder, não pode responder. Há aqui, da parte de ambos, uma clarividência absolutamente horrível. Conheço pessoas que leram o livro e não o suportaram.

Boas leituras.


back to top