Capitalismo Quotes

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Silvia Federici
“Os anos compreendidos entre 1984 e 1986 constituíram um ponto de inflexão para a Nigéria, bem como para a maioria dos países africanos. Foram os anos em que, em resposta à crise da dívida, o governo nigeriano entrou em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com o Banco Mundial [...] e isso pressupunha um novo ciclo de acumulação primitiva e uma racionalização da reprodução social orientada para destruir os últimos vestígios de propriedade comunitária e relações comunitárias, impondo desse modo formas mais intensas de exploração.”
Silvia Federici, Caliban and the Witch: Women, the Body and Primitive Accumulation

Silvia Federici
“a transição para o capitalismo é uma questão primordial para a teoria feminista, já que a redefinição das tarefas produtivas e reprodutivas e as relações homem-mulher nesse período, ambas realizadas com máxima violência e intervenção estatal, não deixam dúvidas quanto ao caráter construído dos papéis sexuais na sociedade capitalista.”
Silvia Federici, Caliban and the Witch: Women, the Body and Primitive Accumulation

Silvia Federici
“se na sociedade capitalista a “feminilidade” foi construída como uma função-trabalho que oculta a produção da força de trabalho sob o disfarce de um destino biológico, a história das mulheres é a história das classes, [...] “mulher” é uma categoria de análise legítima, e as atividades associadas à reprodução seguem sendo um terreno de luta fundamental para as mulheres.”
Silvia Federici, Caliban and the Witch: Women, the Body and Primitive Accumulation

Silvia Federici
“a categorização hierárquica das faculdades humanas e a identificação das mulheres com uma concepção degradada da realidade corporal foi historicamente instrumental para a consolidação do poder patriarcal e para a exploração masculina do trabalho feminino. Desse modo, a análise da sexualidade, da procriação e da maternidade foi colocada no centro da teoria feminista e da história das mulheres. Em particular, as feministas colocaram em evidência e denunciaram as estratégias e a violência por meio das quais os sistemas de exploração, centrados nos homens, tentaram disciplinar e apropriar-se do corpo feminino”
Silvia Federici, Caliban and the Witch: Women, the Body and Primitive Accumulation

Silvia Federici
“nosso primeiro passo deve ser documentar as condições sociais e históricas nas quais o corpo se tornou elemento central e esfera de atividade definitiva para a constituição da feminilidade. [...] na sociedade capitalista, o corpo é para as mulheres [...] o principal terreno de sua exploração e resistência, na mesma medida em que o corpo feminino foi apropriado pelo Estado e pelos homens, forçado a funcionar como um meio para a reprodução e a acumulação de trabalho.”
Silvia Federici, Caliban and the Witch: Women, the Body and Primitive Accumulation

Silvia Federici
“Efetivamente, num sistema em que a vida está subordinada à produção de lucro, a acumulação de força de trabalho só pode ser alcançada com o máximo de violência para que, nas palavras de Maria Mies, a própria violência se transforme na força mais produtiva.”
Silvia Federici, Caliban and the Witch: Women, the Body and Primitive Accumulation

Silvia Federici
“Uma vez mais, muito da violência empregada é dirigida contra as mulheres, porque, na era do computador, a conquista do corpo feminino continua sendo uma precondição para a acumulação de trabalho e riqueza, tal como demonstra o investimento institucional no desenvolvimento de novas tecnologias reprodutivas que, mais do que nunca, reduzem as mulheres a meros ventres.”
Silvia Federici, Caliban and the Witch: Women, the Body and Primitive Accumulation

“Acho curioso como as pessoas procuram humanizar máquinas e valorizar objetos e ao mesmo tempo desvalorizar o ser humano e objetifica-lo.”
Mia Siufi

“Como é assinalado no documento final da Conferência Internacional dos Partidos Comunistas e Operários, realizada em 1969 em Moscou, o opressor e explorador comum dos povos dos países da América Latina continua a ser o imperialismo dos EUA, que colocou o continente num situação de dependência, passando a considerá-lo sua retaguarda estratégica.”
Karen Armenovitch Katchaturov, A Expansão Ideológica dos EUA na América Latina: Doutrinas, formas e métodos da Propaganda dos EUA

“O conhecido sociólogo chileno, professor H. Ramírez Necochea, qualificando a expansão ideológica dos EUA como a "colonização espiritual mais perniciosa e plena de consequências", sublinhou que "o imperialismo procura afirmar seu domínio no setor da vida espiritual dos países latino-americanos com o objetivo de completar e fortalecer seu domínio das esferas econômica, política e militar". O caráter nocivo da expansão ideológica é determinado pelo fator prolongado da ação imperialista na consciência social e na psicologia de inúmeras gerações de latino-americanos. [...] a América Latina foi tradicionalmente uma espécie de laboratório experimental de elaboração de formas, métodos e meios da expansão ideológica dos EUA no exterior.”
Karen Armenovitch Katchaturov, A Expansão Ideológica dos EUA na América Latina: Doutrinas, formas e métodos da Propaganda dos EUA

Francis Fukuyama
“Muitos dos primeiros teóricos do contratualismo acreditavam na legitimidade de um contrato de escravatura: se um indivíduo vulnerável fosse confrontado com a escolha entre uma vida de escravatura ou a morte às mãos de alguém mais forte, escolheria voluntariamente a escravatura. O argumento (…) ecoa a crítica marxista do conceito de «mão-de-obra gratuita» nas sociedades capitalistas: os contratos celebrados entre indivíduos com níveis de poder muito desiguais não eram justos pelo simples facto de que eram voluntários apenas na aparência.”
Francis Fukuyama, Liberalismo e Seus Descontentes

Gilles Lipovetsky
“A sociedade de consumo é programada do cotidiano: ela manipula e quadricula racionalmente a vida individual e social em todos os seus interstícios; tudo se torna artifício e ilusão a serviço do lucro capitalista e das classes dominantes.”
Gilles Lipovetsky, The Empire of Fashion by Gilles Lipovetsky

Gilles Lipovetsky
“A sociedade de consumo é programação do cotidiano: ela manipula e quadricula racionalmente a vida individual e social em todos os seus interstícios; tudo se torna artifício e ilusão a serviço do lucro capitalista e das classes dominantes.”
Gilles Lipovetsky, The Empire of Fashion by Gilles Lipovetsky

Ailton Krenak
“O sistema capitalista tem um poder tão grande de cooptação que qualquer porcaria que anuncia vira imediatamente uma mania.”
Ailton Krenak, A Vida Não É Útil

Yanis Varoufakis
“I pubblicitari intelligenti fanno questo: attingono a emozioni che in precedenza erano sfuggite alla mercificazione così da catturare la nostra attenzione. E poi vendono la nostra attenzione a un’entità il cui business è mercificare qualsiasi valore esperienziale si stesse nascondendo nei nostri cuori, sfuggendo alla commercializzazione.”
Yanis Varoufakis, Tecnofeudalesimo: Cosa ha ucciso il capitalismo

Yanis Varoufakis
“Il socialismo a favore dei finanzieri fece sorgere un altro agglomerato di sovrani della finanza capaci di rivaleggiare con i cloudalisti - tre aziende statunitensi con poteri superiori a quelli della private equity e di tutti i capitalisti terrestri messi insieme: Black Rock, Vanguard e State Street.
Queste tre aziende, i Big Three come sono conosciuti nei circoli della finanza, di fatto posseggono il capitalismo americano. No, non sto esagerando.”
Yanis Varoufakis, Tecnofeudalesimo: Cosa ha ucciso il capitalismo

Yanis Varoufakis
“Il profitto è vulnerabile alla competizione di mercato, mentre la rendita non lo è.”
Yanis Varoufakis, Tecnofeudalesimo: Cosa ha ucciso il capitalismo

Lea Ypi
“Era un poco como los vales de comida durante el socialismo. Como todo el mundo recibía su parte no podía existir el hambre. Si decías que tenías hambre, te convertías en enemigo del pueblo.”
Lea Ypi, Free

Abhijit Naskar
“Nativo Extranjero (El Soneto)

Cuando los nativos son tratados como extranjeros,
y los extranjeros toman el poder como amos,

las culturas son desarraigadas por decreto legal,
el honor es robado como botín de guerra,

imperios erigidos sobre sangre y huesos,
cuando la prosperidad tiene sus raíces en el saqueo,

los hogares son despojados de esperanzas y sueños,
las violaciones alimentan el palacio del desatino,

cuando los babuinos se adornan con artículos pirata,
cada joya está empapada en derramamiento de sangre,

cuando las festividades prosperan gracias al robo,
la corrección es maldecida como blasfema,

desafiando el delirio del rey y el país, levántense,
y erguíense humanos contra la inhumanidad imperial.”
Abhijit Naskar, Generacion Justicia: Día de Los Vivos, Abigitano 2

A.E. Samaan
“El capitalismo no es una forma de gobierno. El capitalismo es solo una cosa: comprar bajo - vender alto. El capitalismo es lo que sucede cuando un gobierno permite la libre asociación y respeta los derechos de propiedad. Es un síntoma de libertad.”
A.E. Samaan, Thoughts in the Ether: Pensamientos en el Éter

A.E. Samaan
“Los capitalistas hacen crecer la riqueza. Los socialistas redistribuyen la riqueza... Pero la población crece, por lo que el socialista controla la población a través de la eugenesia.”
A.E. Samaan, Thoughts in the Ether: Pensamientos en el Éter

A.E. Samaan
“Algunos capitalistas sufren de amiguismo. Todo el socialismo es pervertido por el estatismo compinche de unos pocos poderosos.”
A.E. Samaan, Thoughts in the Ether: Pensamientos en el Éter

bell hooks
“A adoração do dinheiro leva a um endurecimento do coração.”
bell hooks, All About Love: New Visions

“O pensador político Anthony Giddens (2002) deteve-se no estudo dessa questão ao pesquisar o efeito do regime social e político sobre o sujeito em diversos setores da vida, inclusive a intimidade. Vivemos hoje em uma sociedade cosmopolita global. Para esse autor, o capitalismo, em seus esforços para padronizar o consumo e formar gostos através da propaganda, desempenha um papel importante na ampliação do narcisismo. O consumismo difundiu-se numa cultura totalmente voltada às aparências. Observa ainda Giddens que o consumo promete as mesmas coisas que o narcisismo deseja — charme, beleza e popularidade —, através do consumo dos tipos certos de bens e serviços. Isso nos remete, segundo o autor, a um mundo cercado de espelhos nos quais buscamos a aparência de um eu socialmente valorizado.
Dessa forma, uma das conseqüências do capitalismo avançado seria uma inflação narcísica. Com uma oferta quase infinita de bens, o sujeito se deixa capturar por objetos de desejo, sonhos de consumo. O narcisismo, essa paixão da imagem, com os recursos oferecidos pela ciência hoje, atingiu sua culminância com a perspectiva (ou realidade?) do aparecimento de clones: a geração de outras criaturas à nossa imagem e semelhança. Dificilmente encontraríamos outra expressão tão extrema de narcisismo.
O pano de fundo do capitalismo avançado aliado à evolução da ciência e da tecnologia fomentam a idéia de superação da dimensão do impossível — o impossível hoje será possível amanhã. Esse novo mandamento interfere na dinâmica da castração, afetando a dimensão subjetiva constituída, como ressaltamos, em torno de uma falta. Com a redução da dimensão da impossibilidade, ampliou-se enormemente, a nosso ver, a dimensão da impotência, uma vez que, se tudo é possível, eu é que não posso. Essa condição, ao incidir sobre as estruturas neuróticas, tem um efeito devastador, uma vez que potencializa os sentimentos de inferioridade e destituição a elas inerentes.”
Sandra Edler, Luto e Melancolia - À sombra do espetáculo

“Na festa do capitalismo avançado em que vivemos, encontramos basicamente duas categorias de sujeitos: aqueles que aproveitam a festa até a última gota, se deixam consumir e seguem as prescrições do excesso em práticas hedonistas em que o prazer só pode ser obtido na ultrapassagem de medidas; e os que não se acham merecedores do convite ou não sabem como consegui-lo, os barrados no baile. Poderíamos dizer que essa dupla e extrema forma de expressão, em crescimento na contemporaneidade, seria, em grande parte, fomentada pelo pano de fundo do capitalismo avançado e, de formas diferentes, contribui para ampliar o distanciamento do sujeito em relação ao registro do desejo, ilustrando o crescimento da dimensão do gozo.
O conceito de gozo teve suas primeiras formulações em Freud, no início de seu percurso, referido ao gozo sexual, e mais adiante em sua obra, embora não com esse termo. Depois de 1920, Freud faz referência a determinadas condições em que o sujeito obtém satisfação com o próprio sofrimento. Com a segunda teoria pulsional e o advento da pulsão de morte, avança nesse terreno intermediário entre o prazer e a dor que se enlaçam e se confundem. Coube a Jacques Lacan, em sua releitura do texto freudiano, nomear e definir o gozo como um dos conceitos de maior fertilidade para a abordagem das condições de vida contemporâneas. Para uma pesquisa mais ampla das depressões, é importante mencioná-lo, na medida em que as depressões podem ser consideradas, hoje, uma modalidade narcísica de gozo.”
Sandra Edler, Luto e Melancolia - À sombra do espetáculo

Ricardo Piglia
“Yo siempre digo en broma —y lo he dicho con muchos de ustedes— que esta sociedad no inventaría la literatura si no la hubiera encontrado hecha. No se le hubiera ocurrido a la sociedad capitalista inventar una práctica tan privada, tan improductiva desde el punto de vista social, tan difícil de valorar desde el punto de vista económico. [...] la sociedad no puede entender ese trabajo improductivo, no puede entender algo hecho sin interés económico. El arte sería contrario a esa lógica de la racionalidad capitalista. Y, por lo tanto, la muerte de la literatura sería algo a lo cual esta sociedad aspira. También aspira a que la literatura salga del centro de la discusión, y creo que ha conseguido en parte lograrlo.”
Ricardo Piglia, Crítica y ficción

Albert Camus
“El desempleo, para el que no había seguro, era el mal más temido. Ello explicaba que esos obreros, tanto en casa de Pierre como en la de Jacques, que en la vida cotidiana eran siempre los más tolerantes de los hombres, fuesen siempre xenófobos en cuestiones de trabajo, acusando sucesivamente a los italianos, los españoles, los judíos, los árabes y, finalmente a la tierra entera, de robarles su empleo —actitud sin duda desconcertante para los intelectuales que escriben sobre la teoría del proletariado, y sin embargo muy humana y muy excusable—. Lo que esos nacionalistas inesperados disputaban a las otras nacionalidades no eran el dominio del mundo o los privilegios del dinero y del ocio, sino el privilegio de la servidumbre. El trabajo en aquel barrio no era una virtud, sino una necesidad que, para asegurar la vida, conducía a la muerte.”
Albert Camus, El primer hombre - Planeta lector

Hernan Diaz
“—El dinero. ¿Qué es el dinero? Bienes de consumo en forma de pura fantasía. —Un asentimiento solemne de la cabeza, el ceño repentinamente fruncido, un suspiro-. No me gustan los marxistas, ya lo sabes. Ni su Estado ni su dictadura. Ni su forma de hablar, con esas explicaciones en bloque, reduciendo el mundo a un argumento único. Igual que la religión. No, no me gustan los marxistas. Pero Marx... —Y volvía a poner aquella cara, como si lo estuviera torturando una visión demasiado hermosa—. Tenía razón en una cosa. El dinero es una mercancía fantástica. Una fantasía. Ni lo puedes comer ni te abriga, pero representa toda la comida y toda la ropa del mundo. Por eso es una ficción. Y eso mismo lo convierte en el patrón con el que valoramos todas las mercancías. ¿Qué comporta eso? Pues que el dinero se convierte en el bien de consumo universal. Pero recuerda: el dinero es una ficción; bienes de consumo en forma de pura fantasía, ¿entiendes? Y eso es doblemente cierto en el caso del capital financiero. Las acciones, los valores, los bonos. ¿Crees que alguna de las cosas que compran y venden esos bandidos del otro lado del río representan algún valor real y concreto? No, para nada. Las acciones, los valores bursátiles y toda esa porquería no son más que promesas de un valor futuro. Así pues, si el dinero es una ficción, el capital financiero es la ficción de una ficción. Con eso comercian todos esos criminales: con ficciones.”
Hernan Diaz, Trust

Curzio Malaparte
“Che la società capitalista è fondata su questo sentimento: che senza l'esistenza di esseri che soffrono, non si possa interamente godere dei propri beni e della propria felicità; che il capitalismo, senza l'alibi del cristianesimo, non potrebbe reggere.”
Curzio Malaparte, La peau

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