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Nenhum conhecedor trata Herberto Helder por Helder, apenas por Herberto, mas também nenhum trata o Cesariny por Mário. O jogo de nomes próprios e apelidos é apenas um pequeno indicador de familiaridade q até pode ter contornos legítimos: faz parte das regras da tribo conhecer o seu vocabulário, e alguém que não sabe que não pode tratar o Eça por Queirós não está muito familiarizado com a produção literária portuguesa
Sep 06, 2025 01:54PM
A Religião dos Livros - Alfarrabistas, Livrarias e Livreiros

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Os livros são raros, mas o cliente também é único. Sabe que, se pedir um livro, o livreiro procura-o e há-de se lembrar daquilo que o cliente deseja mesmo sem o saber.
Sep 20, 2025 02:43PM
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Em Portugal,a feira mais conhecida é(.)a Feira da Ladra. Há alguns vendedores fixos de livros,como o Sr.Luís,e houve o famigerado Manel da Feira da Ladra(nome entre os livreiros)ou Manel dos Livros(nome entre os feirantes);mas o caçador de livros, se quiser encontrar os melhores, precisará de grande pertinácia para chegar antes de Telma Rodrigues e Paulo da Costa Domingos,da Frenesi,ou de Eduardo Sousa,da Letra Livre
Sep 20, 2025 02:27PM
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As feiras são a única maneira de, nalgumas cidades ou regiões, se conseguir acesso ao comércio de livros antigos e usados, e são por isso especialmente importantes feiras como a do Oeste ou de Estremoz; (...). Pode encontrar-se, aliás na Rua Anchieta, que aloja há quase duas décadas a principal feira de alfarrabistas de Lisboa.
Sep 20, 2025 02:11PM
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Até há uns anos era tradição, em algumas livrarias, não encontrar o preço marcado nos livros.(...)
Hoje em dia já são raros os livreiros que não marcam o preço, e mais raros ainda os que anotam nos livros o seu lugar na escala de raridade. Nalgumas livrarias(...) debaixo do preço está escrito «muito raro», «raro» ou «invulgar», numa escala que normalmente acaba em «procurado» ou «estimado»
Sep 04, 2025 10:20AM
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As livrarias de livros novos trabalham com o senão de serem reféns daquilo que as editoras têm disponível; além disso, podem estender a receita por muito tempo - se vendem um livro, voltam a encomendá-lo, reproduzindo assim a livraria ideal.
O livreiro alfarrabista, porém, não consegue simplesmente encomendar um livro igual.
Sep 03, 2025 08:28AM
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A livraria ideal, na verdade, não tem livros.(...) Isto porque os livros só estão nas estantes se ainda ninguém os quis. A livraria não é, como a biblioteca, um depósito com aspirações à engorda perpétua. O ideal da livraria é a circulação, o permanente desaparecimento dos livros que vegetam como orfãos nas suas estantes.(...) Na Livraria Campos Trindade era vulgar vermos as estantes vazias(...)
Sep 03, 2025 08:19AM
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Quando os livros começam(.)a circular,é natural q se movam como qualquer outro objecto.Seriam certamente vendidos em feiras,junto com toda a tralha necessária ou inútil para a sobrevivência,até serem alvo de atenção especializada ou merecerem a sedentarização de um comerciante.Em Portugal, o caso mais estudado é o de um grupo de famílias francesas(.)Entre essas está a família Bertrand,cuja livraria ainda hoje perdura
Sep 03, 2025 07:54AM
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Claro que, antes de Gutenberg, a circulação dos livros é bastante limitada. Na Idade Média os principais repositórios de livros são os conventos, mas os conventos não desenvolvem propriamente um comércio livreiro. Copiam livros, geralmente para usufruto dos próprios frades, e pouco mais. Como George Duby explica na sua História da Vida Privada, a leitura particular é um fenómeno bastante recente.
Sep 03, 2025 07:44AM
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A ideia de conversar em segredo,à vista de todos,com quem nos fala a partir das páginas dos livros,de q os olhos e os ouvidos se podem deleitar com esses caracteres q, de uma mancha negra representam mundos a q os olhos não chegam,tudo isto dota o livro de um poder extraordinário.Quem lê é sempre livre e nunca está sozinho,pode viver nesse mundo de imaginação guiada (...)com os grandes espíritos q habitaram a terra
Aug 28, 2025 04:25PM
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O livro foi, primeiro, nas civilizações pré-clássicas, o modo de se anotarem transacções e de se garantir o registo das formas comerciais mais complexas; mas, passado o efeito meramente prático, tornou-se a forma de falar com os mortos e com os ausentes, de garantir a imortalidade do pensamento e de alargar o espírito a temas e a reflexões a que nenhum dos sentidos, por si só, levaria.
Aug 28, 2025 04:16PM
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