Paula Mota’s Reviews > Vítimas Perfeitas: A Condição Palestiniana > Status Update
Paula Mota
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"Para justificar a nossa resistência, citamos um lúcido Jabotinsky, que escreveu em russo que os palestinianos "olham para a Palestina com o mesmo amor instintivo e verdadeiro fervor com que qualquer azteca olhava para o México ou qualquer sioux para a sua pradaria. Disse que não existem precedentes de "qualquer colonização levada a cabo com o consentimento da população nativa."
— Oct 22, 2025 05:16AM
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Paula’s Previous Updates
Paula Mota
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"A cada passo da nossa história ensanguentada, fomos brutalizados, enlutados, expropriados, exilados, famintos, massacrados e encarcerados, mas recusámos -para espanto do mundo- submeter-nos. Por cada massacre e invasão, houve e há homens e mulheres que pegam em armas, improvisadas ou sofisticadas (...) para lutar. Sempre houve luta, sempre houve jasmim."
— Oct 29, 2025 08:12AM
Paula Mota
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"Por um lado, nos EUA, "44% dos estudantes judeus não se sentem seguros no seu próprio campus. Por outro, já não existem universidades em Gaza, porque foram todas destruídas pela força de ocupação israelita."
— Oct 27, 2025 11:00AM
Paula Mota
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"Imaginar simplesmente a Palestina sem colonos, imaginar simplesmente um céu sem drones - isto no imaginário sionista, é genocida. Se nos ficarmos pelo "querer" da acusação, a ideia de que os palestinianos querem matar todos os judeus, percebemos que o sionismo está em guerra com o nosso futuro. Está em guerra com a nossa capacidade de articular (..) um futuro em que o sionismo não reine.
— Oct 25, 2025 03:45AM
Paula Mota
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"Caro Sr. Presidente Obama, tenho 14 anos.." Estas foram as primeiras palavras de uma carta aberta que me pediram para escrever a Obama em 2013. (Normalmente, não tento contactar criminosos de guerra, mas quando faço, certifico-me, pelo menos, de que são laureados com o Prémio Nobel da Paz).
— Oct 19, 2025 06:03AM
Paula Mota
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"Os sionistas apresentam as suas acções sistemáticas e orientadas por políticas como(.)um destino inescapável em que nós os obrigamos a matar os nossos filhos.Esta foi a frase famosa e infame de Golda Meir,que tem ressoado desde então.No entanto, GM podia ter poupado os nossos filhos.Ninguém a obrigou.Ela escolheu matar os nossos filhos.Ela premeditou,planeou meticulosamente o massacre e executou-o a sangue-frio.
— Oct 18, 2025 02:53AM
Paula Mota
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"Sei que este capítulo(..)está minado. Será retirado do contexto,(..)mas nunca serei uma vítima perfeita.Não há como escapar à acusação de antissemitismo.É uma batalha perdida e, mais do que isso, uma evidente falsa questão.E está na hora de reavaliarmos esta tática.Há coisas mais importantes a fazer: temos caixões para carregar; temos entes queridos nos frigoríficos das morgues israelitas que precisamos de sepultar.
— Oct 17, 2025 08:20AM
Paula Mota
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"Algumas tardes, eu chegava da escola e encontrava autocarros carregados de turistas judeus no nosso quintal (.) a apontar para nós como se fôssemos animais num leilão, a cuspir palavrões americanos nas nossas caras. (..) De dois em dois meses, batiam à nossa porta e sorriam com desdém ao entregarem à minha avó ordens de expulsão e citações judiciais."
— Oct 15, 2025 01:45PM
Paula Mota
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"Há pessoas que sentem desprezo pelo mundo onde uma enfermeira recebe o cadáver do marido numa maca, pelo mundo que obriga um rapaz a carregar os membros do irmão num saco. Eu sou uma dessas pessoas. E estou grato pelo meu desprezo, porque dignifica; lembra-me que sou humano."
— Oct 13, 2025 06:15AM
Paula Mota
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"Mesmo os aliados mais bem-intencionados dizem a si próprios (antes de poderem convencer o público) que os palestinianos são tal como tu e eu: pais gentis que amam as suas esposas, que têm, ao contrário do que se pensa, cães (e não gado) como animais de estimação e um certo problema com a mentalidade de rebanho que, como sabemos,aflige a mente árabe. Os palestinianos podem ser nossos duplos: imitadores da civilidade.
— Oct 11, 2025 03:00AM
Paula Mota
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"A resistência, na mente ocidental, é um conceito em mutação. Enquanto a resistência ucraniana é glorificada pelas suas tácticas de guerrilha, a resistência palestiniana - rotulada de "terrorismo" - é vista como nebulosa, pervertida e patológica. (..) Na verdade, a mudança de tom empregue na cobertura dos media serve simplesmente os interesses estratégicos do Ocidente."
— Oct 09, 2025 11:50AM
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Katya
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Oct 22, 2025 07:03AM
Tendo em conta que Jabotinsky morre ainda antes do final da primeira metade do século XX, está visto que o pior cego é mesmo aquele que não quer ver. Os discursos tendenciosos têm vida longa.
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Katya wrote: "Tendo em conta que Jabotinsky morre ainda antes do final da primeira metade do século XX, está visto que o pior cego é mesmo aquele que não quer ver. Os discursos tendenciosos têm vida longa."Mas ter o fundador do Irgun, que mais sionista não podia ser, admitir que há uma Palestina, que há palestinianos, é um documento muito irónico, com tantos a negarem a sua existência. Ao menos fossem coerentes... :/
Paula wrote: "Katya wrote: "Tendo em conta que Jabotinsky morre ainda antes do final da primeira metade do século XX, está visto que o pior cego é mesmo aquele que não quer ver. Os discursos tendenciosos têm vid..."Claro. Eu estava a pensar na forma como nós perpetuamos discursos tendenciosos. A fórmula preferida da história portuguesa é mesmo a de que os portugueses nunca usaram da força. O colonialismo foi amigável/consentido. É um discurso universal.
Este pedacinho é simplesmente revelador da hipocrisia latente em todos nós (portugues, israelitas, palestinianos etc) em vermos a nossa posição enquanto oprimidos, mas falharmos em reconhecer nos outros o seu direito a livrar-se de nós como opressor.
Katya wrote: "Paula wrote: "Katya wrote: "Tendo em conta que Jabotinsky morre ainda antes do final da primeira metade do século XX, está visto que o pior cego é mesmo aquele que não quer ver. Os discursos tenden..."Perpetuamos, apoderamo-nos, deturpamos, o que for necessário para levar a água ao nosso moinho. Sim, a excepcionalidade portuguesa da miscigenação, o luso-tropicalismo, tudo o que der jeito quando der jeito.

