Leonor’s Reviews > A Religião dos Livros - Alfarrabistas, Livrarias e Livreiros > Status Update
Leonor
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O mundo das livrarias aparece-nos sempre como um espaço de excepção, habitado por excêntricos guardiões de preciosidades que o mundo esqueceu, numa nobre e romântica luta contra as regras da modernidade.
— Jun 29, 2025 07:39AM
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Leonor’s Previous Updates
Leonor
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Os livros são raros, mas o cliente também é único. Sabe que, se pedir um livro, o livreiro procura-o e há-de se lembrar daquilo que o cliente deseja mesmo sem o saber.
— Sep 20, 2025 02:43PM
Leonor
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Em Portugal,a feira mais conhecida é(.)a Feira da Ladra. Há alguns vendedores fixos de livros,como o Sr.Luís,e houve o famigerado Manel da Feira da Ladra(nome entre os livreiros)ou Manel dos Livros(nome entre os feirantes);mas o caçador de livros, se quiser encontrar os melhores, precisará de grande pertinácia para chegar antes de Telma Rodrigues e Paulo da Costa Domingos,da Frenesi,ou de Eduardo Sousa,da Letra Livre
— Sep 20, 2025 02:27PM
Leonor
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As feiras são a única maneira de, nalgumas cidades ou regiões, se conseguir acesso ao comércio de livros antigos e usados, e são por isso especialmente importantes feiras como a do Oeste ou de Estremoz; (...). Pode encontrar-se, aliás na Rua Anchieta, que aloja há quase duas décadas a principal feira de alfarrabistas de Lisboa.
— Sep 20, 2025 02:11PM
Leonor
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Nenhum conhecedor trata Herberto Helder por Helder, apenas por Herberto, mas também nenhum trata o Cesariny por Mário. O jogo de nomes próprios e apelidos é apenas um pequeno indicador de familiaridade q até pode ter contornos legítimos: faz parte das regras da tribo conhecer o seu vocabulário, e alguém que não sabe que não pode tratar o Eça por Queirós não está muito familiarizado com a produção literária portuguesa
— Sep 06, 2025 01:54PM
Leonor
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Até há uns anos era tradição, em algumas livrarias, não encontrar o preço marcado nos livros.(...)
Hoje em dia já são raros os livreiros que não marcam o preço, e mais raros ainda os que anotam nos livros o seu lugar na escala de raridade. Nalgumas livrarias(...) debaixo do preço está escrito «muito raro», «raro» ou «invulgar», numa escala que normalmente acaba em «procurado» ou «estimado»
— Sep 04, 2025 10:20AM
Hoje em dia já são raros os livreiros que não marcam o preço, e mais raros ainda os que anotam nos livros o seu lugar na escala de raridade. Nalgumas livrarias(...) debaixo do preço está escrito «muito raro», «raro» ou «invulgar», numa escala que normalmente acaba em «procurado» ou «estimado»
Leonor
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As livrarias de livros novos trabalham com o senão de serem reféns daquilo que as editoras têm disponível; além disso, podem estender a receita por muito tempo - se vendem um livro, voltam a encomendá-lo, reproduzindo assim a livraria ideal.
O livreiro alfarrabista, porém, não consegue simplesmente encomendar um livro igual.
— Sep 03, 2025 08:28AM
O livreiro alfarrabista, porém, não consegue simplesmente encomendar um livro igual.
Leonor
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A livraria ideal, na verdade, não tem livros.(...) Isto porque os livros só estão nas estantes se ainda ninguém os quis. A livraria não é, como a biblioteca, um depósito com aspirações à engorda perpétua. O ideal da livraria é a circulação, o permanente desaparecimento dos livros que vegetam como orfãos nas suas estantes.(...) Na Livraria Campos Trindade era vulgar vermos as estantes vazias(...)
— Sep 03, 2025 08:19AM
Leonor
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Quando os livros começam(.)a circular,é natural q se movam como qualquer outro objecto.Seriam certamente vendidos em feiras,junto com toda a tralha necessária ou inútil para a sobrevivência,até serem alvo de atenção especializada ou merecerem a sedentarização de um comerciante.Em Portugal, o caso mais estudado é o de um grupo de famílias francesas(.)Entre essas está a família Bertrand,cuja livraria ainda hoje perdura
— Sep 03, 2025 07:54AM
Leonor
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Claro que, antes de Gutenberg, a circulação dos livros é bastante limitada. Na Idade Média os principais repositórios de livros são os conventos, mas os conventos não desenvolvem propriamente um comércio livreiro. Copiam livros, geralmente para usufruto dos próprios frades, e pouco mais. Como George Duby explica na sua História da Vida Privada, a leitura particular é um fenómeno bastante recente.
— Sep 03, 2025 07:44AM
Leonor
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A ideia de conversar em segredo,à vista de todos,com quem nos fala a partir das páginas dos livros,de q os olhos e os ouvidos se podem deleitar com esses caracteres q, de uma mancha negra representam mundos a q os olhos não chegam,tudo isto dota o livro de um poder extraordinário.Quem lê é sempre livre e nunca está sozinho,pode viver nesse mundo de imaginação guiada (...)com os grandes espíritos q habitaram a terra
— Aug 28, 2025 04:25PM

