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Tom's teeth chattered in his head, and he positively staggered with amazement at witnessing the extraordinary effect produced on Mr. Pecksniff by these simple words. The dread of losing the old man's favor almost as soon as they were reconciled, through the mere fact of having Jonas in the house; (...)

Será talvez loucura passar ao papel
imagens tão vagas como estas: claro-escuro
de mãos, paredes e corpos, de plantas
e gestos apanhados à queima-roupa
pela grande-angular da ternura de perfil.

Haverá outro modo de contar com rigor
tudo o que olhos fotografam. Outro modo,
menos químico e mais durável, de fazer
a revelação; de inundar o papel
com o aroma exacto de uma rosa;
(...)

Depois de nós o mar, o velame,
o sextante, a bússola, o mapa-
oiço-te a falar. Olho em frente e em
vez de mar vejo terra; em vez de água
descortino fogo. Talvez o defeito seja meu.
Aparelhados para a viagem, partimos.
Ilhas, bancos de coral, sereias,
a claridade de uma aurora boreal
a cegar-nos impiedosa. Quero voltar.
Só depois de cumprida a rota — dirás.
Oiço-te falar e só vejo água. Não de
matar a sede, (...)

Hesse amava Chopin,
o teclado universal da sua melancolia
habitada por árvores altas,
cartas de Sand e febres da tísica.
Pode-se amar Chopin assim,
com uma devoção persistente e secreta
a morrer desse amor,
amor tentacular como a música
que sufoca a noite
com os seus braços de luz efémera.

Leaving them to blend and mingle in their sleep, the shadows of objects afar off, as they take fantastic shapes upon the wall in the dim light of thought without control, be it the part of this slight chronicle - a dream within a dream - as rapidly to change the scene, and cross the ocean to the English shore.

Eu não sei se me salvo ou se me perco
ou se és tu que te perdes e me salvas
só sei que me redimo quando peco
e corpo a corpo ao céu vão nossas almas.

Gostava de morar na tua pele
desintegrar-me em ti e reintegrar-me
não este exílio escrito no papel
por não poder ser carne em tua carne.

Gostava de fazer o que tu queres
ser alma em tua alma em um só corpo
não o perto e o distante entre dois seres
não este haver sempre um e sempre o outro.

Um corpo noutro corpo e ao fim nenhum
tu és eu e eu sou tu e ambos ninguém
seremos sempre dois sendo só um.

(...)

Teu rosto de desastres e tormentas
e risos e lágrimas e sol e vento
teu rosto de marés e vagas lentas
em que o prazer é quase sofrimento.

e o sofrimento é como rosa roxa
florindo devagar em tua boca
se a minha mão te chicoteia a coxa
e no teu corpo há uma égua louca.

Começam então as tuas doces queixas
e vais para um país onde desmaias
quando o sol no teu rosto acende flechas.

(...)

Nossos corpos agora estão feridos
por naufrágios ao largo dos Açores
e por luas que sangram nos sentidos
quando um amor se vai e morrem flores.

Desfazem-se e renascem corpo a corpo
e há sempre um por fazer no já desfeito
há um corpo que salva a nado o outro
quando às vezes o mar entra no leito.

Nossos corpos cansados não se cansam
e não se perdem mesmo se perdidos
e ainda que tão perto não se alcançam.

(...)

The steamer - which, with its machinery on deck, looked, as it worked its long, slim legs, like some enormously magnified insect or antediluvian monster - dashed at great speed up a beautiful bay; and presently they saw some heights, and islands, and a long, flat, straggling city.

He pointed at him as he spoke, with unutterable contempt, and flinging his hat upon his head, walked from the room and from the house. He went so rapidly that he was already clear of the village when he heard Tom Pinch calling breathlessly after him in the distance.

Eighteen shillings a week! Just, most just, thy censure, upright Pecksniff! Had it been for the sake of a ribbon, star, or garter; sleeves of lawn, a great man's smile, a seat in Parliament, a tap upon the shoulder from a courtly sword; a place, a party, or a thriving lie, or eighteen thousand pounds, or even eighteen hundred; - but to worship the golden calf for eighteen shillings a week! oh pitiful, pitiful!

When he had completed his arrangements,they locked Mr. Pecksniff in, and left the key on the outside; charging the young page to listen attentively for symptoms of an apoplectic nature, with which the the patient might be troubled, and, in case of any such presenting themselves, to summon them without delay: to which Mr. Bailey modestly replied that he hoped he knowed wot o'clock it was in general, (...)

Whether Mr. Pecksniff's business in London was as strictly professional as he had given his new pupil to understand.we shall see. to adopt that worthy man's phraseology, "all in good time."

(...) It was some time before Mr. Pecksniff dreamed at all, or even sought his pillow, as he sat for full two hours before the fire in his own chamber, looking at the coals and thinking deeply. But he, too, slept and dreamed at last. Thus in the quiet hours of the night, one house shuts in as many incoherent and incongruous fancies as a madman's head.

Universal self! Was there nothing of its shadow in these reflections, and in the history of Martin Chuzzlewit, on his own showing?

(...) intervieram de imediato uns guardas, pediriam os documentos a todo o bicho careta daquele lado do balcão, levaram os rivais aos empurrões, bateram-lhes com os cassetetes, abriram-lhes a cabeça. Nós vimos. O Ruibérriz e eu continuávamos a beber goles das nossas cervejas: um gole, outro, outro. Foi tudo muito rápido e a névoa agora estava a aumentar.

(...) Mas enquanto fugia e saía e descia e me ensopava e corria, o meu pensamento principal era outro; pensava sobretudo: «Que pouco resta de mim nesta casa, tão poucos os vestígios que ficaram.» Os ramos das árvores agitavam-se como braços furiosos de uma sublevação popular.

(...) Esses dois amigos, amparando-se um ao outro, esses dois príncipes frágeis debilitados pela miséria e pelas sevícias, a não ser que tenham sido a miséria e as sevícias que os fizeram príncipes, afundam-se à nossa vista na penumbra de Rembrandt e desaparecem nela como o teriam feito no mar.

(...) tal como diz tão bem uma personagem de Ionesco em Le Roi se Meurt, já não tinha necessidade de respirar. Os minerais que o compunham pertenciam, de novo, a esse solo de que nasceram os belos objectos que ele não cansava de amar. Mas deixara-nos o seu exemplo, o de um homem que, dizia ele, «tentava dirigir-se no sentido das coisas». Tornarei ainda a pensar nele ao esforçar-me por ouvir as pedras.

(...) Que maldição, agora terei de recordar também esse nome cujo rosto nem sequer conheço: Franny»; ou imaginei que assim se escrevesse, pelas minhas leituras. Também fiquei calado enquanto pensava nisso, com o cotovelo apoiado no volante e esfregando o polegar contra os lábios. Mas foi por pouco tempo. Talvez nos observassem de longe, da guarita da embaixada alemã às escuras.

O Único levantou os dois indicadores como se se dispusesse a iniciar um concerto, fitando-os com olhos trocistas rememorativos. Bailou-lhe de novo nos lábios o seu meio sorriso e disse:
- Ah, se eu vos contasse!
E todos rimos ligeiramente de novo.

Não nos queixemos dos nossos males não terem exemplo: do alto das Pirâmides, quarenta séculos rir-se-iam na nossa cara. Tão pouco, digamos, que são insuportáveis: se o fossem, já não estaríamos vivos. E os mortos, esses, calam-se ou não se explicam senão a Deus.

(...) Shakespeare, tal como disse Wilde, «cantava com milhares de vozes». Ele apenas tinha uma, que, durante muito tempo, dobrou a exercícios de virtuosos e que, recaída nos balbuciares, nunca mais nos comove. Mas os Sonetos lançam uma «passerelle» entre o amigo de Lorde Southampton e o de Lorde Douglas.

(...) para o seu quarto, ele e o seu coelho anão de novo ameaçados pelos calmos aviões pendentes de fios enquanto dormiam — a oscilação inerte —, sonhando agora com o peso da mãe ausente e cada vez mais leve, passageira de um daqueles aviões, também o miúdo enfeitiçado. Só que o seu feitiço ia-se esfumando e, em breve, se desfaria.

(...) Tal como Les Dormeurs de Walt Whitman, tal como a bênção da noite em As Contemplações de Hugo, essa obra-prima crepuscular que envergonha as nossas enfadonhas definições de clássico e de romântico situa-se à beira do indizível: entre o sono e o sonho, entre a vida e a morte, entre o dia que tomba e a noite que nasce. Em seguida, já resta explorar apenas a noite.

(...) Eram essas três coisas que me restavam da minha visita mortal: o cheiro, o soutien, a cassete e as vozes na cassete. Olhei à minha volta: a noite de inverno, iluminada por muitos candeeiros; o quiosque, às escuras; a nuca do poeta atrás de mim. Não passava carro nenhum, nem havia ninguém. Sabia-me bem o frio.

(...) Entretanto, os garotos, fatigados, tornaram a adormecer encostados aos suportes de cartão cor-de-rosa; os gritos e os aplausos diminuíram; e um rapazito, suando em bica, faz circular de mão em mão um objecto verdadeiramente celeste: uma taça de ferro com algumas gotas de água.

(...) diminuto, fantasmagórico e impossível que no entanto já se teria verificado várias vezes no passado, ou talvez ainda se verificasse anacronicamente todas as noites quando o miúdo e o marido e a Marta estivessem finalmente adormecidos, sonhando cada um com o peso dos outros dois. «Amanhã na batalha pensa em mim», pensei; ou melhor, lembrei-me.

Anna had no idea what she would say to Lisa Shahn as she heard herself speaking slowly and confidently, explaining that she was the woman on the plane, the one who had lost her hand and who now just might be losing her head. She had seen a picture of a dead charred rainbow lorikeet, such a beautiful bird, and it had broken her heart. She hoped it wasn't presumptuous, but she had a question.